Comércio e Investimento vão bater novos recordes pós-pandemia

“A situação pandémica será temporária e, a médio e longo prazo, tanto as economias de Macau, da China continental e de Portugal ultrapassarão certamente novos recordes de investimento e comércio”, disse o empresário em declarações ao semanário português NOVO.

Wu, vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria China-Portugal, acrescentou que, tanto quanto sabe, estão em curso projetos empresariais bilaterais, “quer para exportar excelentes produtos de Portugal, quer para atrair investimento para Portugal”.

“Estes tempos mais lentos estão a ser utilizados para lançar novos projetos ou consolidar os já existentes”, sublinhou o empresário, que também tem nacionalidade portuguesa.

Segundo Wu, enquanto a China tem “três políticas muito consistentes” – iniciativa Faixa e Rota, cooperação com países de língua portuguesa, via Macau, e promoção da Área da Grande Baía – Portugal também tem em curso importantes iniciativas.

Estas incluem o lançamento do estatuto de investidor da diáspora, a promoção de benefícios fiscais e o aumento dos fundos europeus para empresários e investidores portugueses em todo o mundo que queiram investir ou abrir atividade em Portugal, o que “é uma oportunidade muito boa para mais de cinco milhões de portugueses espalhados pelo mundo”.

“Acima de tudo, as elites pertencentes às comunidades devem prestar maior atenção a Portugal neste momento, e por isso acredito que com um esforço conjunto, devolvendo à sociedade, teremos a capacidade de recuperar e relançar Portugal. Afinal de contas, Portugal mantém uma história e prestígio globais invejáveis”, assinalou Wu.

As empresas chinesas “vão querer investir na produção de bens de alta qualidade em Portugal” e “os portugueses, que têm uma presença privilegiada na Ásia, devem saber atrair, tornar-se parceiros e dirigir ainda mais investimento da China para Portugal”, prognosticou.

Relativamente aos investimentos que mantém em Portugal, que vão desde o vinho ao imobiliário, Wu acrescentou que iniciou a expansão da adega, fora da capital Lisboa, e que está previsto um grande investimento no desenvolvimento do turismo na região de Alenquer.

“Se o embaixador de Portugal em Pequim, numa das iniciativas sob a presidência portuguesa da União Europeia, apresentou o vinho da Quinta da Marmeleira aos representantes diplomáticos dos países europeus na China, hoje a nossa responsabilidade de garantir uma qualidade de excelência aumentou muito mais para as ambições globais”, acrescentou.