A história do vinho entre Portugal e a China remonta ao século XVI, período no qual a China se afirmava como um importante player no mercado comercial global.
O contacto com os comerciantes portugueses, liderados por Jorge Álvares, proporcionou oportunidades de explorar as trocas comerciais de vinho, levando o vinho europeu aos consumidores chineses em Guangzhou, também conhecido como Cantão. O vinho foi muito bem recebido pela população local e tornou-se rapidamente num produto popular entre a elite.
Nos séculos seguintes, o comércio de vinho entre os dois países prosperou e a sua fama expandiu-se nas regiões costeiras da China, e mais tarde, no século XIX, para outras regiões da Ásia, incluindo a Índia, a Indonésia e as Filipinas.
Portugal afirmou-se como um dos principais países exportadores de vinho para a China, em particular de castas nativas como a Touriga Nacional e a Alicante Bouschet.
Atualmente, a China é o oitavo país com maior volume de mercado vinícola, fruto do seu forte investimento na produção de vinhos de alta qualidade, a nível nacional e internacional. O interesse e investimento de empresas chinesas no mercado português têm sido fatores impulsionadores da modernização da indústria vitivinícola em Portugal, com recurso a novas tecnologias e mão de obra especializada. Este investimento tem conseguido igualmente captar o interesse dos turistas chineses em descobrir a cultura vinícola de Portugal.
A Quinta da Marmeleira é um testemunho vivo da expansão dos laços históricos entre Portugal e a China, em que mais uma vez mais, a qualidade dos vinhos portugueses, aliado ao forte potencial de investimento da região vinícola da Estremadura, demonstra que há muito espaço de crescimento nesta indústria.