tema forte das relações China-Portugal tem sido o investimento de empresas chinesas em ativos portugueses, mas no sentido inverso são poucos os exemplos de investimento na China. E, segundo a Embaixada da República Popular da China em Portugal, o problema está no desconhecimento da realidade chinesa.
“Não é a distância que está a dificultar a cooperação económica. O mais importante é o conhecimento mútuo”, defendeu Shu Jianping, conselheiro cultural da representação de Pequim em Lisboa. A exemplo, referiu que Espanha e Itália são igualmente países europeus geograficamente distantes da China, mas que têm investido na relação.
“Além de terem maior agressividade em fazer negócios com a China, é preciso irem. Não basta ter confiança. É necessário o esforço de ir lá e conhecer melhor a China”, defendeu.
O responsável diplomático encerrou esta tarde uma conferência para avaliar o estado das relações entre os dois países, organizada pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa no dia em que realiza também a V Gala Portugal-China. O evento anual discute habitualmente o investimento chinês em Portugal, mas desta vez a conversa foi no sentido oposto. E com exemplos de algum sucesso.